sábado, abril 14, 2007

Serralves com três formas diferentes de arte


Jorge Queiroz, Silvia Bachli e Katharina Grosse são os artistas que o museu irá receber até 1 de Julho de 2007, expondo a arte na sua maior e melhor qualidade.

O museu portuense inaugura esta sexta-feira, dia 13 de Abril, às 22h, exposições de três artistas: o português Jorge Queiroz, a suíça Silvia Bachli e a alemã Katharina Grosse,segundo João Fernandes ao JPN.
Diferentes universos que com o auxílio de técnicas e processos apontam as manifestações dos artistas, tornando o resultado surpreendente, tal como afirma o director do Museu de Serralves.
Podemos encontrar pinturas “bastante provocadoras” como é o caso da pintora Katharina Grosse, uma vez que as suas obras não seguem a geometria normal da arquitectura, como disse Ulrich Loock, o director-adjunto do Museu e comissário das mostras de Grosse e Silvia Bachli, em declarações ao JPN.
As pinturas desta artista assemelham-se a grafitti e encontram-se espalhadas pelo chão e paredes do museu, ligando-os numa mesma superfície, fazendo” questionar o conceito de pintura, além da forma de identificar e separar os objectos no mundo”.
A exposição irreverente de Grosse intitula-se como "Atoms outside Eggs”, sendo a única com um título à qual não existe uma explicação concreta, mas para Loock “ transmite uma atmosfera de silêncio e reflexão”.

Portugal recebe pela primeira vez Silvia Bachli
"A inscrição do corpo numa superfície" é como define a obra da artista Sílvia Bachli o director adjunto do Museu de Serralves. A artista Suiça encontra-se pela primeira vez em Portugal e expõe desenhos de mãos, pernas e corpos, linhas e abstracções, sempre a preto e branco, além de algumas fotografias e figuras de plantas.
Quanto à obra de Jorge Queiroz, João Fernandes define-a como um "labirinto de identidades, uma polifonia de sensações", tornando-se “ impossível de verbalizar” o seu trabalho. A sua arte vai desde da "abstracção à figura, do gesto autónomo ao gesto premeditado". O director do Museu Serralves acredita que os desenhos do artista não são de uma "visibilidade retiniana, mas projectam movimentos do olhar, de associações livres de pensamento, relacionam sentidos".