
António Ramos, presidente do Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP), disse "estas mudanças, a confirmarem-se, vão trazer graves prejuízos aos polícias, que já ganham mal. Muitos serão obrigados a mudar de casa e os que têm filhos vão ter de os transferir para outras escolas. É triste para um polícia que andou 15 anos até chegar à esquadra que sempre quis, ver-se agora obrigado a refazer a vida quase do início". O presidente do SPP, comenta ainda o acréscimo financeiro, para o Estado, que esta medida trará "quando alguém sai de uma esquadra para ser colocado noutra localidade, tem direito a receber dois meses de ajudas de custo. Cada um dos dias é pago a 40 euros. A essa quantia há depois que somar outra igual, destinada aos efectivos da GNR que irão assegurar a segurança nessas mesmas localidades".
Foi em 2003 que começou a ser pensada a nova redistribuição das esquadras da PSP e postos da GNR. Os principais objectivos são a diminuição de gastos com instalações e a eliminação da PSP nos locais onde existe GNR. O SPP compreende que é melhor que duas forças policiais tão diferentes não partilhem a mesma localidade, porque segundo António Ramos "não são explícitas as áreas de actuação da PSP e da GNR, situação que em vez de simplificar o trabalho só o prejudica".