segunda-feira, janeiro 01, 2007

Preservativo molecular para prevenir HIV está a ser testado

Um líquido que se transforma numa cobertura de gel quando inserido na vagina e que, depois em contacto com o sémen retorna à forma líquida, libertando uma substância para atacar o vírus HIV, está a ser desenvolvido por cientistas da Utah University, EUA.

Este novo gel vaginal, apelidado de «preservativo molecular», é constituído por moléculas que são líquidas à temperatura ambiente e que, quando aplicadas na vagina, espalham-se e transformam-se num gel, cobrindo efectivamente o tecido. Contudo "não é um método contraceptivo, pois não impede a chegada de espermatozóides ao útero, o maior objectivo desta tecnologia é proteger as mulheres e os seus filhos no útero ou recém-nascidos de serem contaminados com o vírus da sida", afirma Patrick Kiser, o investigador líder do projecto, ao Primeiro de Janeiro.

O preservativo molecular faz parte de um esforço global para desenvolver microbicidas - géis, esponjas, anéis ou cremes - que impeçam a infecção pelo HIV ou outras doenças sexualmente transmissíveis. O objectivo é que possam conceder às mulheres a capacidade de se protegerem, particularmente em países pobres, onde a sida é mais propagada e os preservativos de difícil acesso ou o seu uso considerado ainda tabu.