sábado, março 17, 2007

Eutanásia passiva e indirecta em Espanha

Foi no dia 15 de Março de 2007 que, Inmaculada Echevarría de 51 anos, viu o seu desejo, de desligar o ventilador que a mantinha viva, cumprido. Inmaculada Echevarría sofria de distrofia muscular progressiva, doença que a mantinha presa a uma cama há nove anos. Em Novembro de 2006, pediu que lhe desligassem o ventilador. Na altura, explicou que a sua decisão já estava tomada desde os 20 anos, altura em que soube da doença e da possibilidade de ficar presa a uma cama. “Não aceito que meios artificiais mantenham a minha vida. Não tenho medo de morrer e não quero continuar assim”, afirmou em Novembro do ano passado.
O Governo de Andaluzia decidiu, no início deste mês, que iria satisfazer o desejo de Echevarría. Essa decisão baseou-se em pareceres do Conselho Consultivo da Anadaluzia, que considerou que o pedido para desligar o ventilador, consistia num caso de eutanásia passiva indirecta. Sendo assim, os médicos que a assistissem não estariam a cometer qualquer falta com a justiça. A doente, que há dez anos se encontrava no Hospital San Rafael de Granada, gerido por uma ordem religiosa, foi transferida para uma unidade de saúde publica, Hospital San Juan, onde acabou por falecer. A transferência, aconteceu a pedido de uma ordem religiosa, e, depois de várias criticas de outros sectores religiosos. Esta, considerou o pedido de Inmaculada “correcto e aceitável, do ponto de vista jurídico e ético”.
A equipa que desligou o ventilador, tomou todas as medidas para que Echevarría "não sofresse qualquer dor".