Neste panfleto, que também está a ser colocado nas caixas de correio, escreve-se: "No ano em que se comemora o 90.º aniversário das aparições de Fátima, Nossa Senhora chora e ela chora por milhares de inocentes que podem perder a vida, antes mesmo de darem o primeiro gemido", acrescentando adiante "é indispensável você ir às urnas e responder 'não' para dizer que não está de acordo com o assassinato brutal de inocentes, ainda no ventre materno. Esta é a resposta que a Santíssima Virgem espera de si".
Na página principal surge a imagem da figura mariana e a frase: "Não decepcionemos a nossa mãe do Céu", diz este desdobrável que não se abstem de fazer negócio, pedindo aos crentes que comprem um terço, doando em troca dez euros.
Em Portugal, oito em cada mil mulheres em idade fértil (entre os 15 e 44 anos) recorreu à interrupção da gravidez – entre abortos ilegais e clínicos. Um número que coloca o País no fundo da tabela do ‘ranking’ europeu de abortos, ligeiramente à frente da Alemanha, bem próximo de Espanha, mas ainda longe do Reino Unido, que possui uma das maiores taxas da União Europeia.