sexta-feira, outubro 20, 2006

Salvaguardar ou não os direitos de autor

Durante esta semana, entre 16 a 20 de Outubro, nas cidades de Braga, Lisboa e Covilhã foram apreendidos mais de 10 mil livros pela a Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC). Grandiosa parte destas obras, eram usadas por estudantes já há muito tempo como prática regular. Os devidos delegados de turma encaminhavam-se às fotocopiadoras e colocavam os livros para que todos os alunos interessados os pudessem fotocopiar. Braga foi a cidade com mais livros usados ilegalmente, alguns deles já disponíveis a serem vendidos. Existiam mesmo fotocopiadoras que tinham os livros digitalizados em computador.
É de conhecimento geral que, a reprodução de livros é ilegal e mesmo punida por lei. Os autores têm direitos sobre às suas obras, e o uso destas impropriamente terá consequências graves. Diversos avisos são feitos em prol desta mesma questão, visando informar o público e consequentemente sensibiliza-lo.
No entanto, no que se refere aos alunos, estes estão em desacordo com esta confiscação, uma vez que o apoio que estes livros asseguravam era inqualificável. Por um lado é verdade que é ilegal o plágio, mas por outro serve como auxílio aos alunos. Os livros na maioria das vezes são caros, a sua reprodução torna-se uma mais valia para ajudar financeiramente os alunos. Poderá ser a única forma que eles encontraram para se auto ajudar e alcançarem bons resultados académicos. Relativamente à situação financeira destes também pudera ser um ponto de vista a ter em conta.
Sejam quais for os motivos que levam à prática deste crime, temos de ter em conta que, não deixa de o ser. Eventualmente ambas as partes deverão entrar em acordo, para chegarem a um acordo.